31 de janeiro de 2008

Allgarve Jazz 2008

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Acaba de nascer um novo festival de Jazz em Portugal: o Allgarve Jazz.

Este festival insere-se no programa ALLGARVE (criado em 2007 pelo Ministério da Economia e Inovação e pelo Turismo de Portugal e desenvolvido em parceria com várias autarquias do Algarve), tendo sido ontem apresentado publicamente pelo Ministro da Economia e pelos seus produtores na FITUR (Madrid), uma das maiores feiras de turismo a nível internacional. Esta é a primeira vez que Portugal promove oficialmente no exterior um festival de Jazz, projectando-o como mais valia para a criação de uma oferta cultural de qualidade na região e para a atracção de turismo.

O Allgarve Jazz decorre de 4 a 13 de Julho e apresenta um elenco de luxo - com dois músicos nomeados para quatro Gramys – o que faz com que este festival em pouco ou nada fique a dever aos melhores da Europa. Pelos palco do Allgarve Jazz vão assim passar:

- Lucky Peterson (4 Julho)
- Herbie Hancock (5 Julho)
- Maria João e Mário Laginha (6 Julho)
- Dee Dee Bridgewater (11 Julho)
- Manhattan Transfer (12 Julho)
- Patti Austin (13 Julho)

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Cabe ao virtuoso guitarrista e cantor Lucky Peterson, considerado o herdeiro natural de BB King e expoente máximo da nova geração de bluesmen, inaugurar o Allgarve Jazz, actuando dia 4 de Julho em Portimão. Face aos concertos inesquecíveis que realizou nos anos 90 no CCB e no Estoril Jazz, é de prever uma noite de grandes emoções e surpresas...

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No dia 5 de Julho Herbie Hancock, um dos músicos de referência da história do jazz moderno, actua em Loulé, no largo do Monumento Duarte Pacheco. O pianista vem ao Allgarve Jazz apresentar o seu CD de homenagem a Joni Mitchell, trabalho pelo qual está nomeado para dois Grammy: “Best contemporary jazz álbum” e “Best jazz instrumental solo”.

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Maria João actua no dia 6 de Julho na Fortaleza de Sagres, onde estreia um novo projecto musical que resulta de uma encomenda e desafio lançados pelo Allgarve Jazz: revisitar o seu primeiro CD (editado há 25 anos), convidando para o efeito músicos estrangeiros de renome internacional para trabalhar num repertório de standards e originais. Com a cantora actuam Mário Laginha, Bernardo Moreira, o saxofonista inglês Julian Arguelles e o percussionista norueguês Helge Norbakken.

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A voz de Dee Dee Bridgewater, uma das melhores vozes actuais do Jazz, actua em Albufeira, no magnífico cenário do Golfe da Balaia. Esta cantora, que dispensa grandes apresentações, está nomeada para o Grammy de “Best Jazz Vocal Álbum”, pelo seu CD Red Earth – A Malian Journey.

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Os Manhattan Transfer, um quarteto vocal criado em 1969 e o mais popular desde os tempos dos históricos Lambert, Hendricks & Ross, actuam em Portimão no dia 12 de Julho. Este é o concerto por excelência da técnica vocal, do vocalese e do scat singing!

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Cabe a outra cantora nomeada este ano para o Grammy de melhor Álbum de Jazz Vocal e "Best Instrumental Arrangement Accompanying Vocalist" encerrar o Allgarve Jazz 2008. É assim que dia 13 de Julho Patti Austin leva ao belo ambiente natural do Parque da Fontes, em Lagoa, a música do inigualável compositor George Gershwin.

A programação do Allgarve Jazz é assumidamente crossover, correspondendo ao objectivo de ser esta uma manifestação cultural de qualidade, mas abrangente e acessível, e que proporcione ao público bons momentos e recordações no ambiente descontraído e de férias característico do Algarve.

28 de janeiro de 2008

Downbeat de Fevereiro

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27 de janeiro de 2008

Jazz em DVD: The Gadd Gang

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Acaba de sair mais um volume da colecção Jazz em DVD, desta vez centrado num grupo liderado pelo baterista Steve Gadd e no qual tomam parte Ronnie Cuber (sax-barítono), Richard Tee (teclados), Cornell Dupree (guitarra) e Eddie Gomez (contrabaixo).

Este DVD regista o concerto que os The Gadd Gang deram em Tóquio, em 1988, e não sendo um dos mais interessantes desta valiosa colecção não deixa contudo de ter alguns pontos dignos de nota, nomeadamente a presença de Eddie Gomez (contrabaixista que acompanhou Bill Evans) e de Ronnie Cubber.

Sob o mentor deste The Gadd Gang importa dizer que tocou entre outros com Chick Corea, Al DiMeola, Tom Scott, Grover Washington Jr. e David Sanborn.

Temas:

"Things ain't what they used to be"
"I can't turn you loose"
"Watching the river flow"
"My Girl - Changes"
"Whiter shade of pale"
"Signed, sealed, delivered"
"Hony tonk - I can't stop loving you"

"Things ain't what they used to be"



Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

Bobby Hutcherson regressa a Portugal

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Está confirmado o regresso a Portugal do vibrafonista histórico Bobby Hutcherson, músico que celebra hoje 67 anos. O concerto terá lugar no Verão e JNPDI! aqui dará mais pormenores logo que possível.

Bobby Hutcherson: "What Is This Thing Called Love"

25 de janeiro de 2008

Jobim, o Gershwin brasileiro

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Em Nova York, gravação do álbum "Stan Getz e João Gilberto". Da esquerda para a direita: Tião Neto, Tom Jobim, Stan Getz, João e Milton Banana. Fonte: http://cifrantiga2.blogspot.com

Se fosse vivo, António Carlos Jobim completaria hoje 81 anos.

Em homenagem àquele que foi considerado o Gershiwn brasileiro e que tantas composições de excelência legou ao jazz, JNPDI! recorda alguns dos seus maiores êxitos, revisitando de igual forma célebres duetos que realizou com músicos como João Gilberto, Frank Sinatra, Elis Regina ou Edu Lobo.

Joao Gilberto e Antonio Carlos Jobim - "Chega de Saudade" ("No more blues")




Stan Getz e João Gilberto - "Desafinado"




"Dindi"




"Samba de uma nota só"




Jobim & Gal Costa - "Corcovado" ("Quiet nights of quiet stars")




"Água de beber"




"Só danço samba" ("Jazz Samba")




Sinatra e Jobim - "Garota de Ipanema"




Maria Viana - "Inútil Paisagem" ("Useless landscape")




"Wave"




Elis Regina e Tom Jobim - "Retrato em branco e preto"




Elis Regina e Tom Jobim - "Águas de Março" ("Waters of March")




Edu Lobo & Tom Jobim - "Luiza"




Adriana Calcanhoto - "Ela é Carioca"


24 de janeiro de 2008

Grammy: e os nomeados no Jazz são...

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Propomos hoje uma espreitadela aos artistas e obras nomeados para a 50ª edição dos Grammy, a qual considera discos editados entre 1 de Outubro de 2006 e 30 de Setembro de 2007. Os vencedores serão anunciados em sessão a realizar, como é hábito, em Fevereiro.

Best Contemporary Jazz Album (For albums containing 51% or more playing time of INSTRUMENTAL tracks.)

Party Hats
Will Bernard
[Palmetto Records]

Downright Upright
Brian Bromberg
[Artistry Music]

Re-imagination
Eldar
[Masterworks Jazz]

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River: The Joni Letters
Herbie Hancock
[Verve]

He Had A Hat
Jeff Lorber
[Blue Note]

Best Jazz Vocal Album (For albums containing 51% or more playing time of VOCAL tracks.)

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Avant Gershwin
Patti Austin
[Rendezvous Entertainment]

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Red Earth - A Malian Journey
Dee Dee Bridgewater
[DDB/Emarcy]

Music Maestro Please
Freddy Cole
[HighNote Records]

Nightmoves
Kurt Elling
[Concord Jazz]

On The Other Side
Tierney Sutton (Band)
[Telarc Jazz]

Best Jazz Instrumental Solo (For an instrumental jazz solo performance. Two equal performers on one recording may be eligible as one entry. If the soloist listed appears on a recording billed to another artist, the latter's name is in parenthesis for identification. Singles or Tracks only.)

"Levees"
Terence Blanchard, soloist
Track from: A Tale Of God's Will (A Requiem For Katrina)[Blue Note]

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"Anagram"
Michael Brecker, soloist
Track from: Pilgrimage[Heads Up International]

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"Both Sides Now"
Herbie Hancock, soloist
Track from: River: The Joni Letters[Verve]

"Lullaby"
Hank Jones, soloist
Track from: Kids: Live At Dizzy's Club Coca-Cola (Joe Lovano and Hank Jones)[Blue Note]

"1000 Kilometers"
Paul McCandless, soloist
Track from: 1000 Kilometers (Oregon)[CamJazz]

Best Jazz Instrumental Album, Individual or Group (For albums containing 51% or more playing time of INSTRUMENTAL tracks.)

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Pilgrimage
Michael Brecker
[Heads Up International]

Live At The Village Vanguard
The Bill Charlap Trio
[Blue Note]

Kids: Live At Dizzy's Club Coca-Cola
Joe Lovano And Hank Jones
[Blue Note]

Line By Line
John Patitucci
[Concord Jazz]

Back East
Joshua Redman
[Nonesuch Records]

Best Large Jazz Ensemble Album (For large jazz ensembles, including big band sounds. Albums must contain 51% or more INSTRUMENTAL tracks.)

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A Tale Of God's Will (A Requiem For Katrina)
Terence Blanchard
[Blue Note]

Eternal Licks & Grooves
The Bob Florence Limited Edition
[MAMA Records]

Hommage
The Bill Holman Band
[Jazzed Media]

Sky Blue
Maria Schneider Orchestra
[ArtistShare]

With Love
Charles Tolliver Big Band
[Blue Note]

Best Latin Jazz Album (Vocal or Instrumental.)

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Funk Tango
Paquito D'Rivera Quintet
[Paquito Records]

The Magician
Sammy Figueroa And His Latin Jazz Explosion
[Savant Records]

Borrowed Time (TIEMPO PRESTADO)
Steve Khan
[Tone Center Records]

Refugee
Hector Martignon
[Zoho]

Big Band Urban Folktales
Bobby Sanabria Big Band
[Jazzheads]

23 de janeiro de 2008

Django Reinhardt, o virtuoso da guitarra

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Se fosse vivo, o guitarrista Django Reinhardt completaria hoje 98 anos, ocasião para lembrar este virtuoso.

Nada melhor, para o efeito, do que recordar o que sobre ele escreveu Luís Villas-Boas em Maio de 1953, num guião para o seu programa radiofónico Hot Clube em que anunciava a morte deste músico. A totalidade deste guião encontra-se no livro "O Jazz segundo Villas-Boas", transcrevendo-se aqui apenas alguns excertos mais importantes para situar a importância e biografia de Django.

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De regresso de uma tournée pela Suiça à sua residência em Samois-sur-Seine, faleceu no Sábado dia 17 do corrente o grande guitarrista Django Reinhardt, com a idade de 43 anos, vítima de uma hemorragia cerebral.

De todos os músicos de jazz aquele cujo desaparecimento mais nos impressionou até agora foi o de Django. Como justificação, poderíamos entre outras razões invocar a de ter sido Reinhardt um dos nossos primeiros ídolos a quem sempre desejámos ouvir pessoalmente e que circunstâncias diversas, entre elas o seu feitio cigano de vaguear de terra em terra, ninguém sabendo onde se encontrava sempre que estivemos em França, não permitissem que este nosso desejo se realizasse, fazendo assim ainda mais avolumar a lenda que à volta deste grande músico sempre existiu…

Django Reinhardt foi sem dúvida um dos maiores guitarristas de jazz de todos os tempos, se não o maior e o músico europeu número um deste género musical.

Apesar de não saber uma nota de música e ter paralizados devido a um acidente dois dedos da mão esquerda (aquela com que se formam os acordes), a sua técnica e musicalidade eram perfeitas.

Dotado de uma sensibilidade requintada e de grande inspiração, compôs diversas melodias que ditava a um músico usando para isso a guitarra. Uma das suas mais belas melodias é sem dúvida “Nuages” – “Nuvens”, onde se encontra bem patente uma leve tristeza e tom românticos sempre presentes em todas as interpretações deste virtuoso.

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Django Reinhardt, Stephane Grappelli e o Quinteto do Hot Club de France, c. 1934

Em 1935, com o violinista [Stéphane Grappelli], Django Reinhardt e mais dois violas, um dos quais o seu irmão Joseph, e um contrabaixista, formava o célebre “Quinteto do Hot Club de France”, clube que há pouco tinha sido criado. Entre as inúmeras gravações que Django realizou com este Quinteto de cordas, uma se destaca pela prodigiosa exibição da técnica de Django: “Mistery Pacific” que nos evoca um comboio e que há sete anos serve de abertura aos nossos programas.

O sentido rítmico de Django só é igualado pelo seu sentido melódico.

Nenhum músico de jazz que viesse a França deixava de gravar com Django. Convidado por Duke Ellington depois da guerra para fazer uma tournée pelos Estados Unidos como atracção deslocou-se àquele país onde as suas actuações foram outros tantos êxitos.


Vejamos agora Django em alguns vídeos.

Documentário sobre o Quinteto do Hot Club de França



Concurso de Jazz na Holanda (1937)



No filme 'La Route Du Bonheur' (1952)

BragaJazz em Março

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Março é o mês do Jazz em Braga, cidade onde decorre de 6 a 15 de Março o BragaJazz, com concertos no Theatro Circo.

6 de Março: Orquestra de jazz de Matosinhos c/ Chris Cheek

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Criada em 1999, com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, a OJM tem vindo a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas do jazz português, sob a direcção de Carlos Azevedo e Pedro Guedes. A partir de 2001 esta orquestra (que este ano se tornou a primeira formação portuguesa de Jazz a actuar no célebre Carnegie Hall de Nova Iorque, justamente com Lee Konitz) começou a colaborar com músicos de renome mundial, um projecto notável em que ao longo dos anos participaram músicos como Ingrid Jensen, Bob Berg, Conrad Herwig, Stephan Ashbury, Carla Bley, Mark Turner, Rich Perry, Dieter Glawischnig e Chris Cheek (parceria que deu origem a um CD editado pela prestigiada Fresh Sound). É precisamente com Chris Cheek, esse fantástico saxofonista norte-americano que a OJM abre as portas do Bragajazz 2008 , num concerto aguardado com grande expectativa.

7 de Março: ” Drumbassbone”

O trio DrumbassBone utiliza uma instrumentação pouco habitual com um som único. Um verdadeiro colectivo onde composição e improvisação estão condimentadas no ponto perfeito. Este trio actua nos palcos e todo o mundo há mais de trinta anos (o trio foi criado em 1977) , sendo constituído por músicos de excepção como o enorme trombonista Ray Anderson (cinco vezes nomeado como o melhor trombonista do ano pela revista norte americana Downbeat), considerado por muitos como o melhor trombonista da sua geração, pelo contrabaixista Mark Helias e pelo baterista Gerry Hemingway, um dos mais famosos percussionistas do jazz actual.Com sete Cd´s publicados, em 2005, o trio gravou o Cd “the line up” para a editora portuguesa “Clean Feed”, trabalho altamente apreciado pela crítica europeia e norte-americana , que será apresentado em Braga neste certame.

Ray Anderson - trombone
Mark Helias - contrabaixo
Gerry Hemingway - bateria/percussão

8 de Março: George Schuller “Circle Wide”

Nascido em Nova Iorque, residente em Bóston desde 1967, o baterista George Schuller estudou no New England Conservatory of Music, curso que finalizou em 1982. Nos 12 anos seguintes , encontrámo-lo como umas das figuras proeminentes do jazz actual tendo tocado com músicos tão distintos como Herb Pomeroy, Jaki Byard, Jerry Bergonzi, George Garzone, Mick Goodrick, John Lockwood, Ran Blake, Billy Pierce, Bruce Gertz, John LaPorta ou Hal Crook. Filho de uma das figuras mais controversas da música contemporânea (Gunther Schuller), George Schuller tem vindo a afirmar-se progressivamente na cena jazz nova iorquina, tendo tocado e gravado nestes últimos 14 anos com músicos tão distintos como Joe Lovano, Lee Konitz ou Dave Douglas. O quinteto Circle Wide é um grupo de geometria variável , cujo último trabalho , a apresentar no Bragajazz 2008, joga em torno da esplêndida música do quinteto americano dos anos 70 do pianista Keith Jarrett, explorando temas como Survivors Suite, Rotation, Common Mama, e De Drums , numa abordagem fresca e criativa.

Donny McCaslin - saxofones
Brad Shepik - guitarra
Tom Beckham - vibrafone
Dave Ambrosio - contrabaixo
George Schuller – bateria

14 de Março: John Taylor trio

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De terras de Sua Majestade, visita o Bragajazz 2008 o aclamado pianista John Taylor, um dos melhores pianista europeus, com uma carreira e reputação irrepreensíveis, ao lado de figuras tão distintas como Kenny Wheeler, Peter Erskine ou John Surman. John Taylor nasceu em Manchester em 25 de Setembro de 1942. Nos anos 70 forma o famoso trio Azimuth com a sua esposa Norma Winstone e Kenny Wheller. Nos anos 80 Taylor trabalhou com Jan Garbarek , Enriço Rava, Gil Evans, Lee Konitz e Charlie Mariano. J. Taylor participa habitualmente nos ensembles de Kenny Wheller, no quarteto de John Surman e no trio de Peter Erskine .Em 2002 criou o aclamado trio com os norte-americanos Marc Johnson (contrabaixo) e Joey Baron (bateria).Em 2004 formou outro trio com Palle Danielsson no contrabaixo (uma das figuras emblemáticas do jazz nórdico) e o jovem baterista britânico Martin France. Em 2006 foi publicado o cd “Angel of the presence” para a editora italiana CAM jazz com soberbas críticas um poucp por todo o mundo. Imperdível!

John Taylor – Piano
Palle Danielsson- contrabaixo
Martin France – Bateria

15 de Março- Índigo trio

Três dos músicos mais requisitados de Chicago, a saber , a flautista Nicole Mitchell ( prémio “Rising star flutist” no ano 2006 pelos críticos da revista americana Dowbeat) o contrabaixista Harrison Bankhead e o aclamado Hamid Drake na bateria e percussão, constituem este surpreendente trio que pratica da música mais original feita nos nossos dias. Um som intenso , de grande intercomunicação dos três músicos, faz da arte do “Índigo Trio” um dos libelos da liberdade musical que orienta os nossos dias, sem descurar um olhar pela tradição. Os três músicos são cúmplices do movimento de Chicago AACM , produzindo uma música próxima de uma síntese do sentido dos blues do saxofonista Rahsaan Roland Kirk, da modernidade do flautista e Saxofonista Eric Dolphy ou do etnocentrismo do flautista e saxofonista Yusel Lateef. Aguarda-se uma festa para os sentidos na versão da grande música negra.

Nicole Mitchell - flauta e voz;
Harrison Bankhead - contrabaixo, violoncelo, voz;
Hamid Drake - bateria

Textos: produção do Braga Jazz

22 de janeiro de 2008

Este é o post 2000 de JNPDI!

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Foi este o 1.º post de JNPDI!

Este é o post 2000 de JNPDI!

O primeiro foi aqui publicado em 11 de Setembro de 2003.

Ao longo destes quase cinco anos, a média de posts mensal foi, assim, de 39, o que dá mais de um post por dia.

JNPDI! agradece a todos os leitores deste blogue pelo interesse que têm manifestado e pela sua participação activa, convidando-os a ver um vídeo de uma cantora que tem injustamente sido esquecida no meio jazzístico internacional. Referimo-nos a Sheila Jordan, fervorosa adepta de Charlie Parker.

Com ela em palco, num concerto que teve lugar em Paris, em 2003 (o ano de início de JNPDI!), estão Serge Forté (piano), Karl Januska (bateria), Peter Herbert (contrabaixo) e Paolo Fresu (trompete). O tema é "The touch of your lips".




Neste seguinte tema, "Sheila's Blues", a vocalista conta, cantando, a história da sua vida e da sua relação com a música de Charlie Parker. Vale a pena ouvir.

21 de janeiro de 2008

Ella swingou em Amesterdão

O ano é 1958. A banda é de excepção: nada menos do que o Jazz at the Philharmonic, com Ella Fitzgerald, o violinista Stuff Smith, Roy Eldridge, Oscar Peterson, Herb Ellis, Ray Brown... O tema é o clássico Ellingtoniano "It don't mean a thing" (if it ain't got that swing).


20 de janeiro de 2008

Hot Clube em Fevereiro

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Sobre a programação do Hot Clube para Fevereiro, tem a palavra o seu programador: Luís Hilário.

Como podem verificar, o programa é relativamente variado, começando já na Quinta-feira, 31 de Janeiro, com um Quarteto europeu que integra o nosso conhecido Frank Mobus (companheiro de Carlos Bica no projecto Azul), a cantora Winnie Bruckner, o saxofonista Daniel Erdmann e o baterista Samuel Rohrer, todos praticantes de conceitos musicais que se podem considerar inovadores.

Durante o mês de Fevereiro teremos também o Quarteto do guitarrista Vasco Agostinho, com a participação do excelente vibrafonista Jeffery Davis... a estreia no Hot do saxofonista Desidério Lázaro com um jovem Quinteto "internacional"... o regresso do veterano grupo (com 20 anos de actividade) "Ficções" , do guitarrista Rui Luís Pereira "Dudas"... e o Quarteto do vibrafonista Luxemburguês Pascal Schumacher, que integra um dos melhores pianistas Belgas da actualidade, o excelente Jef Neve.


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Jef Neve no Hot Clube, Fevereiro de 2007 (Foto de João Moreira dos Santos)

Também durante este mês, dois Combos de alunos da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas/ HCP apresentarão o trabalho desenvolvido ao longo do semestre.

Já no inicio de Março (5 e 6 - Quarta e Quinta) teremos duas noites com um Quinteto norte-americano que conta com instrumentistas de eleição. "Circle Wide", do baterista George Schuller, integra o que na nossa opinião é um dos grandes saxofonista da actualidade; Donny McCaslin. Tom Beckham, no vibrafone, Brad Shepik na guitarra e Dave Ambrosio no contrabaixo, completam este excelente grupo.

Uma curiosidade é que esta programação inclui 3 formações (8 concertos) com vibrafone, instrumento que fez história no jazz ao serviço de grandes executantes e cujas aparições no Hot Clube não se podem considerar como muito comuns. A não perder esta oportunidade de escutar 3 abordagens distintas deste instrumento.

Parabéns, Jimmy Cobb

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Jimmy Cobb, baterista que deve grande parte da sua notoriedade a ter gravado com Miles Davis o célebre Kind of Blue, completa hoje 79 anos.



A carreira de Cobb não se resumiu, porém, a Miles Davis, já que tocou, entre outros, com Charlie Rouse, Leo Parker, Frank Wess, Billie Holiday, Earl Bostic, Dinah Washington, Julian Cannonball Adderley, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Wynton Kelly,Wes Montgomery, J.J. Johnson, Sarah Vaughan (com a qual se apresentou no Cascais Jazz de 1973), Richie Cole, Sonny Stitt e Nat Adderley.

Vejamo-lo e ouçamo-lo, pois, com diferentes músicos.

Miles Davis (1959): "So What"



John Coltrane (1960): "On green dolphin street"



Sarah Vaughan "Summertime"



E, para terminar, Jimmy Cobb no projecto Charlie Parker Legacy Band, com o qual actuou no Estoril Jazz em 2005.

19 de janeiro de 2008

Hot Clube celebra 60.º aniversário no S. Jorge com Mário Laginha, Maria João e Big Band

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O Hot Clube celebra o seu 60.º aniversário no próximo dia 19 de Março com um concerto no Cinema S. Jorge (Av.da Liberdade), evento que está a ser preparado em colaboração com a EGEAC e a Junta de Freguesia de S. José.

O espectáculo tem como protagonistas Mário Laginha, a Big Band do Hot Clube de Portugal e Maria João, que actua como convidada especial. O repertório a apresentar resulta de encomendas ao pianista Mário Laginha por parte da Orquestra da Rádio de Frankfurt (Hessicher Rundfunk Big Band), da Brussels Jazz Orchestra, assim como da Orquestra de Jazz de Matosinhos e do Hot Clube de Portugal.

Esta será uma longa noite de jazz já que depois do concerto a música continua no "foyer" deste cinema, aí decorrendo até às 2h da manhã um concerto com jovens musicos da Escola deJazz do Hot Club e uma jam-session.

Fim de stock

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JNPDI! disponibiliza aos leitores interessados uma oferta limitada de 10 exemplares do livro O Jazz segundo Villas-Boas ao preço único de 15 blue notes (acrescidos de portes de correio), valor que contrasta com as 24 e 22 blue notes praticadas nas livrarias.

E-mail de contacto: joaomoreirasantos@gmail.com

Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn hoje na Culturgest

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A Culturgest apresenta hoje o trio de Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn, uma proposta de fusão entre a música arábica e o jazz.

Oud: Rabih Abou-Khalil
Piano e Saxofone: Joachim Kühn
Bateria: Jarrod Cagwin

Nascido e criado no clima cosmopolita de Beirute dos anos 1960 e 1970, Rabih Abou-Khalil, que nasceu em 1957, aprendeu a tocar oud (semelhante ao alaúde, é o instrumento árabe por excelência, tão popular como o piano ou a guitarra no ocidente) aos quatro anos de idade. Em 1978, por causa da guerra civil do Líbano, forçado a sair do seu país, foi para Munique, onde estudou flauta clássica na Academia de Música dessa cidade.

A preocupação analítica relativa à tradição clássica europeia permitiu-lhe compreender a música árabe de um ponto de vista exterior e teórico, dando-lhe a descobrir a possibilidade de operar em simultâneo com sistemas musicais divergentes. Enquanto os instrumentistas árabes se satisfazem com a imitação das técnicas da voz humana, Abou-Khalil dedica-se a explorar novas formas de tocar o seu instrumento.

Rabih Abou-Khalil afirmou-se na cena de vanguarda como compositor e como instrumentista. Com uma larga e aclamada discografia, editada sobretudo pelas editoras MMP, ECM e, de há uns anos a esta parte, Enja, Abou-Khalil tem-se apresentado em mais de cem festivais de jazz e de outras músicas pelo mundo fora, com diversos projectos e enorme sucesso.

O concerto desta noite tem como ponto de partida o CD Journey to the Centre of an Egg (o 13.º álbum gravado para a Enja) e junta um dos mais conhecidos pianistas de jazz europeus, o alemão Joachim Kühn (que também toca saxofone), cujas origens musicais estão tanto em Bach como em Ornette Coleman, com o baterista Jarrod Cagwin, que desde há muitos anos faz parte de bandas de Abou-Khalil e conhece profundamente os ritmos turcos, árabes e africanos.

Em Journey to the Centre of an Egg pela primeira vez Abou-Khalil compõe em colaboração, escrevendo com Kühn todas as faixas do CD. O resultado, segundo John Kelman escreve em All About Jazz, é o álbum de cruzamento de culturas (cross-cultural) mais livre e mais bem sucedido de todos os que Rabih já gravou.

18 de janeiro de 2008

Pete Candoli: 1923/2008


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Pete Candoli nos anos 50, fotografado por Stan Levy

Morreu Pete Candoli, trompetista que integrou, entre outras, as orquestras de Benny Goodman, Ray McKinley, Tommy Dorsey, Charlie Barnet, Woody Herman, Les Brown e Stan Kenton.

Pete, irmão do trompetista Conte Candoli, faleceu no passado dia 11 de Janeiro, aos 84 anos.

Relembremo-lo num vídeo dos anos 70, em que surge ao lado de Dizzy Gillespie, Don Ellis e Al Hirt.

Gambarini regressa aos palcos

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Roberta Gambarini já está totalmente recuperada do problema de saúde que a atingiu durante a sua actuação no Festival de Jazz de Angra do Heroísmo, realizado no passado mês de Outubro, percalço que a obrigou a cancelar seis semanas de concertos no Brasil e nos EUA, conforme adiantou a JNDPI!: "Felizmente isso já faz parte do passado e não há absolutamente razão alguma para pensar que pode voltar a acontecer novamente".

A cantora vai agora finalmente actuar no Brasil, com concertos agendados no Rio de Janeiro (no reaberto Mistura Fina, onde actua com Roy Hargrove) e em São Paulo, estando "já a trabalhar no novo album e a escrever os arranjos". Seguem-se concertos em Nova Iorque (com Hank Jones), em Itália (o seu país natal), Austrália e Japão.

Gambarini é uma grande "aposta" de JNPDI! e tem tudo para ser uma (senão a maior) das grandes vozes do jazz nos próximos anos. Vale a pena seguir atentamente a sua carreira...

Nnenna Freelon lança novo CD

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Better than anything é o título do novo CD da cantora Nnenna Freelon, registo editado esta semana, em jeito de best of, pela Concord.

17 de janeiro de 2008

Jazz At The Philharmonic em DVD

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O que acontecia quando se juntavam em palco músicos como Benny Carter, Clark Terry, Zoot Sims, Roy Eldridge, Joe Pass e Tommy Flanagan?

A resposta está no mais recente volume da colecção Jazz em DVD da Planeta de Agostini e documenta um concerto do ensemble Jazz At The Philharmonic (JATP) realizado no Festival de Jazz de Montreux de 1975.

A filosofia dos concertos JATP era muito própria. Tudo começou em 1944 quando o empresário Norman Granz (fundador, entre outras, das editoras Verve e Pablo) organizou um concerto em Los Angeles para o qual formou um grupo "all stars", composto por Illinois Jacquet, Jack McVea, J. J. Johnson, Shorty Sherock, Nat King Cole e Les Paul. Estava criado o conceito: juntar num mesmo palco músicos de topo que habitualmente não tocavam juntos e, para ajudar a quebrar as barreiras raciais, músicos brancos e negros, o que para a época estava muito longe de ser pacífico num país que ainda vivia o tempo da segregação racial. partir de 1946, Granz passou a organizar digressões anuais do JATP, combinando músicos do swing e do bebop, naquela que foi mais uma fusão ou mesclagem.

Pelos concertos e digressões do Jazz at the Philharmonic passaram alguns dos mais destacados músicos: Louie Bellson, Ray Brown, Benny Carter, Harry "Sweets" Edison, Roy Eldridge, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Bill Harris, Coleman Hawkins, Illinois Jacquet, Hank Jones, Gene Krupa, Charlie Parker, Oscar Peterson, Flip Phillips, Buddy Rich, Charlie Shavers, Willie Smith, Tommy Turk, Ben Webster, Lester Young...

A memória destes concertos, que terminaram nos EUA em 1957, continuando apenas na Europa, foram gravados por Granz e editados em disco e é precisamente um desses espectáculos que este DVD documenta, retratando bem o entusiasmo da audiência e a entrega dos músicos à produção de uma música fortemente swingada, envolvente, comunicativa, energética e alicerçada na melhor tradição do jazz.

Num universo de estrelas maiores do jazz o destaque vai claramente para Clark Terry (trompete), Benny Carter (saxofone-alto), Zoot Sims (saxofone-tenor) e Joe Pass (guitarra), não descurando os excelentes desempenhos de Tommy Flanagan (piano) e Keeter Bets (contrabaixo). Quanto a Roy Eldridge (trompete), acaba por ficar de certa forma ofuscado em alguns temas pela excelente forma e presença de Clark Terry, um músico escandalosamente subavaliado na história do jazz, já que foi e é um dos expoentes do trompete.

Temas:

"For you"
"Autumn leaves"
"Sunday"
"If I had you"
"I never knew"

"Sunday"



Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

16 de janeiro de 2008

Marian McPartland lança novo CD aos 90 anos...

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Eis uma notícia que é caso para dizer que velhos são os trapos: a pianista Marian McPartland prepara-se para celebrar o seu 90.º aniversário, a 20 de Março, com o lançamento de um novo CD.

Twilight World tem edição marcada para 11 de Março através da editora Concord. Nele participam, além de McPartland, o contrabaixista Gary Mazzaroppi e o baterista Glenn Davis, músicos que a acompanham numa série de concertos já agendados para a semana do seu aniversário...

Desengane-se, porém, quem pensa que McPartland (viúva de Jimmy McPartland, músico que subsituiu Bix Beiderbecke nos Wolverines em 1925!) ressurge da obscuridade com este registo discográfico, já que a pianista tem estado sempre activa através de um programa de rádio que apresenta desde 1979 na NPR, o Marian McPartland's Piano Jazz.

Vejamo-la e ouçamo-la quando ainda era uma jovem de pouco menos de 60 anos, em concerto gravado em 1975, no Monterey Jazz Festival.

15 de janeiro de 2008

Enciclopédia Ilustrada do Jazz & Blues

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Quem procura um livro sintético, mas bem documentado, sobre a evolução do Jazz e dos Blues tem nesta enciclopédia um excelente aliado.

Publicado em 2006 pelas Edições Afrontamento, com prefácio de John Scofield, este é um livro cujos conteúdos e respectiva paginação foram pensados de forma a permitir uma leitura fácil, arrumada e cronológica.

É assim que cada década merece um capítulo específico (com uma separação clara entre o que é Jazz e o que é Blues). E como falar de música implica audição, o livro conta com links de internet que remetem para um site onde é possível ouvir

Para melhor perspectivar a evolução do Jazz e dos Blues cada capítulo fornece ainda citações de músicos ou de críticos contemporâneos e caixas informativas sobre os temas de referência de cada época e também das melodias então populares.

JNPDI! endereça daqui os parabéns às Edições Afrontamento pelo investimento (sem dúvida elevado) aplicado na tradução, adaptação e edição deste livro, uma obra importante na ainda escassa bibliografia do jazz em português.

Gene Krupa, o primeiro astro da bateria

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Se fosse vivo, Gene Krupa completaria hoje 99 anos, ele que foi o primeiro grande baterista a tornar-se famoso e uma das vedetas dos tempos aureos do swing e das big bands que então pululavam pelos EUA. Graças a ele, o solo de bateria passou a ter honras de palco.

O caminho para a fama iniciou-se quando em 1934 passou a integrar a orquestra de Benny Goodman (então denominado o rei do swing) e consolidou-se em 1937, com a gravação do êxito que foi o tema "Sing, sing, sing").

"Sing, sing, sing" (1937)



Krupa estava, porém, a tornar-se demasiado conhecido e a popularidade que atingiu um ano depois no célebre concerto da orquestra de Goodman no Carnegie Hall (espectáculo recriado no filme sobre a vida de Goodman) ditaria a sua partida desta formação, por incompatibilidade com o clarinetista.



Foi neste contexto que o baterista formou a sua própria orquestra, por onde passaram músicos como Vido Musso, Milt Raskin, Floyd O'Brien, Sam Donahu e Shorty Sherock. Um tema que então fez grande furor foi "Drum Boogie", cantado por Irene Day, que naturalmente também se ouvia em Portugal, nomeadamente no programa Hot Clube, através de Luís Villas-Boas.

"Drum Boogie" (1941)



A sua orquestra conheceu outros grandes êxitos com a entrada em cena de Anita O'Day e Roy Eldridge. Entre estes contam-se "Let Me Off Uptown" (sem dúvida um marco no período do swing), "After You've Gone", "Rockin' Chair" e "Thanks for the Boogie Ride".

"Let Me Off Uptown"



Todo o sucesso de Krupa seria abruptamente travado quando o baterista foi preso em 1943, vítima de uma acusação pouco clara, e a sua orquestra se dissolveu. Em 1944, conseguiu reunir nova big band, a qual se manteria em actividade até 1951, acolhendo inclusivamente as sonoridades do emergente bebop. Daí em diante, Krupa passou a tocar em formações mais pequenas, integrou o célebre Jazz at the Philharmonic, montou uma escola de bateria e encontrou-se pontualmente com Benny Goodman em alguns concertos.

"Sing, Sing, Sing" (1966)



O ano de 1959 trouxe novo reavivar da sua fama, com a estreia do filme "The Gene Krupa Story", mas com a saúde deteriorada, a partir dos anos 60 Krupa foi gradualmente deixando os palcos, vindo a falecer em 1973.

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30 anos do disco Heavy Weather

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Perfizeram no passado ano de 2007 nada menos do que 30 anos desde que os Weather Report gravaram o disco Heavy Weather, o seu "biggest-selling album".

Formados em 1970, os Weather Report foram o mais bem sucedido e importante grupo de fusão entre o jazz e o rock, vindo a terminar em 1985, não sem antes terem passado por Portugal, infelizmente já sem o virtuoso Jaco Pastorius.

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Do núcleo duro deste grupo faziam parte Joe Zawinul, Wayne Shorter e Jaco Pastorius, todos eles presentes em Heavy Weather, a que se somam ainda, na percussão, Alex Acuña e Manolo Badrena (que recentemente actuou com Joe Lovano na Aula Magna).

O grande êxito deste disco foi sem dúvida o tema "Birdland", um original de Zawinul que podemos ver ao vivo no seguinte vídeoclip (de 1978).



Outros dois temas marcantes deste album são "Teen Town" e "A remark you made", os quais propomos revisitar nos seguintes vídeoclips.



14 de janeiro de 2008

Estrelas despedem-se de Peterson

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Fonte: Reuters

Herbie Hancock, Quincy Jones e Nancy Wilson foram alguns dos grandes nomes do jazz que se reuniram no passado Sábado em Toronto para prestar uma última homenagem a Oscar Peterson, músico canadiano lendário, falecido aos 82 anos, no dia 23 de Dezembro de 2007.

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O evento decorreu no Roy Thompson Hall perante 2500 pessoas, muitas das quais tiveram de esperar 12 horas pelo ambicionado bilhete, e terminou com um original de Peterson, "Hymn to Freedom", interpretado por Measha Brueggergosman, acompanhada pelas vozes do Faith Chorale, Nathanial Dett Chorale e do coro de Gospel da Universidade de Toronto.

13 de janeiro de 2008

Mais concertos para 2008

A produtora Mandrake, que no passado recente apresentou músicos como Chick Corea, Gary Burton e Herbie Hancock, divulgou a sua agenda de concertos de jazz para 2008.

Toots Thielemans regressa aos palcos nacionais, com dois concertos, um na Casa da Música (4 de Março) e outro no CCB (6 de Março). Abril é mês de regressar a Portugal o histórico saxofonista-alto Phil Woods, com concertos na Aula Magna (1) e na Casa da Música (2). Este é também o mês em que actua entre nós o Tord Gustavsen trio, que passa por Lisboa (9), Guimarães (12) e Porto (13). Em Maio actua Bobby McFerrin, cujos concertos decorrem no Coliseu de Lisboa (12) e na Casa da Música (13).

Mas há jazz para além da Mandrake e é assim que em Julho se reúne no Porto, na Casa da Música, uma autência cimeira do jazz, com a actuação do Saxophone Summit. Em palco estarão Dave Liebman (s), Joe Lovano (s), Ravi Coltrane (s), Phil Markowitz (p), Cecil McBee (ctb) e Billy Hart (bat)


CALENDÁRIO ACTUALIZADO

Janeiro

Rabih Abou-Khalil/Joachim Kuhn Trio: Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (18), Culturgest, Lisboa (19).

Anthony Braxton Septeto: Casa da Música, Porto (28).

Brückner/Möbus/Erdmann/Rohrer: Hot Clube de Portugal, Lisboa (31).


Fevereiro

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Brückner/Möbus/Erdmann/Rohrer: Hot Clube de Portugal, Lisboa (1 e 2).

Jean Marie Machado: Institu Franco-Portugais, Lisboa (7); Onda Jazz, Lisboa (8).

Mari Boine: Culturgest, Lisboa (16).

Enrico Rava «The Words And The Days»: Centro Cultural de Belém (16).

Tomasz Stanko Quartet «Lontano»: Culturgest, Lisboa (20).

Trio Joachim Kuhn, Daniel Humair e Jean Paul Celea: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (22).

Scott Fields Freetet: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (22).

Melissa Walker: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (23).

San Francisco Jazz Collective: Casa da Música, Porto (26).


Março

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Dee Dee Bridgewater: Centro Cultural de Belém, Lisboa (2).

Toots Thielemans: Casa da Música, Porto (4); Centro Cultural de Belém, Lisboa (6).

Dhafer Youssef Quartet: Casa da Música, Porto (6).

BassDrumBone [Ray Anderson (trb), Mark Helias (ctb), Gerry Hemingway (bat)]: Culturgest, Lisboa (8).

Stacey Kent: Casa da Música, Porto (dia 11), Centro Cultural de Belém, Lisboa (14) e Cine-teatro de Alcobaça (15).

Orquestra de Jazz de Matosinhos convida Chris Cheek: Culturgest, Lisboa (28).

Cassandra Wilson: Auditório Municipal, Gaia (29).

Brussels Jazz Orchestra: Casa da Música, Porto (29).


Abril

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Phil Woods

Phil Woods: Aula Magna, Lisboa (1); Casa da Música, Porto (2).

Tord Gustavsen trio: Cinema Mundial, Lisboa (9); Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (12); Casa da Música, Porto (13).

Jason Moran «In My Mind: Monk at Town Hall, 1959»: Casa da Música, Porto (29).


Maio

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Bobby McFerrin: Coliseu dos Recreios, Lisboa; Casa da Música, Porto (13).


Julho

Saxophone Summit [Dave Liebman (s), Joe Lovano (s), Ravi Coltrane (s), Phil Markowitz (p), Cecil McBee (ctb) e Billy Hart (bat)]: Casa da Música, Porto (10).


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