31 de outubro de 2004

Não havia necessidade...

Francamente, só nos faltava esta!

Com tantos nomes para dar às empresas... e alguém tinha logo de escolher o nome jazz para designar uma firma que organiza desde casamentos a baptizados: a Jazz Management Serviços e Eventos.

O jazz serve para tudo e agora até para, e passamos a citar, uma empresa que "idealiza, planeia e realiza todos os tipos de eventos, para empresas, e particulares para todas as ocasiões e necessidades".

Se não acredita confira em http://www.jmseventos.com

A falta que este homem nos faz em Portugal!

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Meus amigos, caros leitores, portugueses em geral:

Faz-nos muita falta cá em Portugal um homem com H GRANDE como o Michael Moore.

Digo isto porque acabo de ver o arrepiantemente revelador filme "Fahrenheit 9/11".

Eu que já estive ligado ao Governo pude presenciar muitas jogatanas políticas semelhantes às evidenciadas (enfim... à escala nacional, entenda-se) por este realizador e acabei mesmo por denunciá-las publicamente numa célebre conferência de imprensa, em consonância com a Ministra com quem traalhava, que também não era pessoa para enganar a malta nem para aturar políticos Zig Zag.

Por isso quero deixar aqui um recado ao Mike: Amigo, se leres este post por favor apanha o próximo avião e vem para Portugal. Tens muito que investigar e garantimos-te trabalho por muitos anos e grandes sucessos de audiências. Desde o futebol à política, passando pela educação, é todo um manancial de histórias trágico-cómicas por revelar. Ao pé disto, os EUA são um jardim infantil. Só não temos cowboys... mas piratas há muitos!

Abraços,

João

PS: Diz ao uncle (em)Bush(t) que nós temos armas de mass destruction (de verdade!), mas que ele não se preocupe em bombardear-nos porque os nossos políticos já estão a tratar disso. You see, é que nós somos um pouco masoquistas e suicidas, so... estamos a disparar contra nós mesmos. Uma dessas lethal weapons está na educação (e sabe Deus quantas crianças inocentes já afectou este ano...), outra está ao leme do país, outra tem a comunicação social e mais uma coisa a que chama Presdência do Conselho de Ministros. A mais perigosa está na saúde e está a fazer um bom trabalho: já "eliminou" centenas de médicos de família e milhares de utentes das listas dos centros de saúde. E depois, e isto digo-te em off só a ti... há imensas armas químicas camufladas por todo o país, desde Gondomar até outras localidades em estado de sítio. Aliás, aqui há muitos talibans, por isso diz ao Bush que tem cá amigos!

C ya soon while we still have a country! Rush!

30 de outubro de 2004

De pequenino se torce o swing!

No Lincoln Center o gosto pelo jazz e pelo swing começa a cultivar-se desde pequeno.

O curso WeBop! permite que crianças entre os 2 e 5 anos, juntamente com os seus pais, cantem, dancem e brinquem com os ritmos dos grandes temas do jazz.

É por isso que a nova sede do Jazz At Lincoln Center é mais do que betão; é o berço das futuras audiências do jazz e a garantia de que ele não perecerá nas novas gerações.

Um exemplo aqui para os pseudo estrategas da cultura em Portugal... que continuam a apostar no betão e nas salas, em detrimento do ensino e da formação. Ou seja, salas de luxo às moscas e arraiais de música pimba a deitar por fora!

Keep on the good work!

28 de outubro de 2004

Jazz na Faculdade

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Hoje dei a provar a dois alunos meus a voz de Dee Dee Bridgewater. Aliás, melhor dizendo, foi um deles, o Julien, que vendo-me com o disco mostrou interesse em ouvir o que ele continha e depois partilhou os headphones com um colega.

Pois não é que eles gostaram!!

:)

E mesmo sendo Dee Dee uma fera selvagem em palco e sendo o disco gravado ao vivo... o que faz com que a cantora se expanda mais para o scat singing e menos para as palavras, o que nem sempre é fácil de ouvir/gostar.

Outro dos discos que agradou foi este fantástico e imperdível «Quintergy», do trombonista J. J. Johnson:

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É o que nos dizia o Kenny Garrett em entrevista: ponham jazz a tocar na MTV e no VH1 e depois veremos o que acontece.

De facto, é tudo uma questão de exposição à música ou, melhor dizendo, da falta dela.

Bom mesmo era eu ter oportunidade para fazer sessões comentadas de audição de discos, mas a minha utopia não chega a tanto. A verdade é que era bom as faculdades começarem a apostar mais em actividades paralelas, dinamizdas por professores ou alunos com conhecimentos específicos de música, artes em geral, desporto, etc. Penso que isso enriqueceria os alunos e serviria também para uma maior e desejável aproximação entre docentes e discentes.

E eu, nesse caso, nem me importava de levar/acartar o meu contrabaixo/baixo eléctrico para demonstrar os rudimentos da música e do jazz!

Por falar em clube de jazz...

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... aqui fica o logotipo do clube inaugurado nas novas instalações do Jazz At Lincon Center, em NYC.

Um luxo!

Jazz na pátria do Fado

Alfama já não tem só Fado.

Desde o dia 21 de Outubro que abriu neste bairro histórico um novo clube de jazz em Lisboa.

O Onda Jazz apresenta-se com uma sala de espectáculos vocacionada para o som da surpresa, mas também para a música do Mundo e para a soul.

Para já, o primeiro concerto decorre nos dias 28, 29 e 30 deste mês com a actuação do quarteto do pianista Jean-Pierre Como. Este músico vem a Portugal apresentar o seu novo CD, «Scénario», acompanhado do clarinete de Stéphane Chausse, do contrabaixo de Cristophe Wallemme e da bateria de Stéphane Huchard.

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«Jazz No País do Improviso!» vai "investigar" o clube e o quarteto.

Entretanto, aqui fca o endereço do Onda Jazz: Arco de Jesus, n.º 7, Alfama (junto ao Campo das Cebolas).

26 de outubro de 2004

ENCONTRO DE GIGANTES NO XV GALP JAZZ

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Mulgrew Miller

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Steve Nelson

A XV edição do Galp Jazz, que se realiza no próximo dia 11 de Dezembro, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, conta este ano com um verdadeiro encontro de gigantes protagonizado por dois expoentes do jazz contemporâneo.

Lado a lado estarão Mulgrew Miller, um dos pianistas mais requisitados no meio jazzístico de Nova Iorque (tendo participado em 400 discos!), e Steve Nelson, músico que aos 20 anos já fazia soar o seu vibrafone juntamente com o lendário guitarrista Grant Green.

Com influências de pianistas como McCoy Tyner e Wynton Kelly, Miller iniciou a aprendizagem do piano aos seis anos de idade e veio a tocar com a orquestra de Duke Ellington, os Jazz Messengers, Woody Shaw e Betty Carter. Quanto a Steve Nelson, ganhou proeminência ao integrar o quarteto, o quinteto e a orquestra de Dave Holland (músico com o qual já actuou em Portugal) e também pela sua associação com o lendário pianista George Shearing, com o qual se apresentou ao vivo no Estoril Jazz.

Também o jazz português estará este ano presente no Galp Jazz, através de um grupo que causou sensação na 2.ª Festa do Jazz do São Luiz - o Sexteto de Jazz da ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, do Porto), formação que um júri de especialistas elegeu por unanimidade como o melhor combo de jazz nacional em 2004. Constituído por jovens músicos, este grupo integra o saxofone alto de João Guimarães, o saxofone tenor de Zé Pedro, a guitarra de Luís Eurico Costa, o piano de Aurélien Lima, o contrabaixo de Rui Leite e a bateria de João Cunha.

«Jazz No País do Improviso!» vai ter convites para oferecer aos seus leitores. Keep in touch!

We dig Ella

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Outro dia demos de caras com este disco de Ella Fitzgerald e não resistimos a trazê-lo para casa como, de resto, sucede com a generalidade dos seus registos.

Acompanhada pela orquestra de Frank DeVol e pelo trompete de Harry "Sweets" Edison, Ella encanta com a sua interpretação dos temas. Há dois que nos tocaram, sobretudo pela forma como ela os canta:

«Can't We Be Friends?»

I thought I'd found the man of my dreams.
Now it seems, This is how the story ends:
He's goin' to turn me down and say,
"Can't We Be Friends?"

I thought for once it couldn't go wrong.
Not for long! I can see the way this ends:
Never again! Through with Love,
Through with men!
They play their game without shame, and who's to blame?

I thought I'd found a man I could trust.
What a bust! This is how the story ends:
He's goin' to turn me down and say,
"Can't We Be Friends?"


«Makin' Whoopee»

Another bride, another June
Another sunny honeymoon
Another season, another reason
For makin' whoopee

A lot of shoes, a lot of rice
The groom is nervous, he answers twice
Its really killin'
That he's so willin' to make whoopee

Now picture a little love nest
Down where the roses cling
Picture the same sweet love nest
Think what a year can bring, yes

He's washin dishes and baby clothes
He's so ambitious he even sews
But don't forget folks
Thats what you get folks, for makin' whoopee

Another year, maybe less
What's this I hear? Well, can't you guess?
She feels neglected, and he's suspected
Of makin' whoopee

Yeah, she sits alone
Most every night
He doesn't phone, he doesn't write
He says he's busy
But she says, "is he?"
He's makin' whoopee

Now he doesn't make much money
Only five thousand per
Some judge who thinks he's funny
Says, "You'll pay six to her."

He says, "Now judge, suppose I fail?"
Judge say, "Budge, right into jail.
You'd better keep her. I think it's cheaper
Than makin' whoopee."

Yes, yeah, you better keep her
Daddy, I think it's cheaper
Then makin' whoopee

25 de outubro de 2004

Um pensamento bem actual!

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"O verdadeiro artista não faz obras para o público; prefere fazer público para as suas obras".

Jacinto Benavente (prémio Nobel da Literatura, 1922)

Não obrigado!

Desde há algum tempo que adoptei o princípio inflexível de recusar sacos de plástico quando compro discos nas lojas.

Na verdade, os discos já vêm eles próprios embalados em celofane pelo que não é necessário adicionar mais um saco de plástico à cadeia de poluição ambiental.

Já no caso dos livros ainda os vou aceitando na medida em que com o suor e a chuva podem deteriorar-se.

Let's all do it?

Mais um novo disco de Wynton Marsalis!

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Marsalis está imparável. Grava discos atrás de discos, compõe, gere o jazz at Lincoln Center, dá concertos.

Agora tem mais um disco previsto para lançar em 30 de Novembro. «Unforgivable Blackness: The Rise and Fall of Jack Johnson» é um disco de homenagem ao conceituado pugilista norte-americano e surge como banda sonora do filme/documentário homónimo realizado por Ken Burns.

Para este disco, Marsalis compôs 16 novos temas e apresenta ainda seis originais de WC Handy, Jelly Roll Morton e outros. A ideia é recriar o jazz contemporâneo de Jack Johnson(1878-1946).

Este filme estará disponível em DVD em Janeiro de 2005.

Entretanto, aqui fica uma indicação das faixas do novo CD de Marsalis:

1 What Have You Done?
2 Ghost in the House
3 Jack Johnson Two-Step
4 But Deep Down
5 Love & Hate
6 High Society
7 Careless Love
8 New Orleans Bump
9 Trouble My Soul
10 Deep Creek
11 The Johnson 2-Step
12 Rattlesnake Tail swing
13 Weary Blues
14 Troubles My Soul
15 Johnson Two-Step
16 Fire in the Night
17 Morning Song
18 I?ll Sing My Song
19 Buddy Bolden's Blues
20 The Last Bell
21 We?ll Meet Again Someday

Dois discos notáveis em torno dos temas de Ellington e Strayhorn!

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Este é um disco notável, não só pelos temas de Duke Ellington e pela voz de Bennett, mas também pela presença dos convidados, nomeadamente Wynton Marsalis e Al Grey.

A presença do trompetista, com a surdina, é notável em temas como "Moond Indigo", por exemplo.

1. Do Nothin' Till You Hear from Me
2. Mood Indigo
3. She's Got It Bad (And That Ain't Good)
4. Caravan
5. Chelsea Bridge
6. Azure
7. I'm Just a Lucky So and So
8. In a Sentimental Mood
9. Don't Get Around Much Anymore
10. Sophisticated Lady
11. In a Mellow Tone
12. Day Dream Listen
13. Prelude to a Kiss
14. It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing)

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Este é outro disco essencial. A solo, em duo, em trio ou em quarteto, Joe Henderson mostra aqui toda a sua capacidade lírica no saxofone tenor e surge acompanhado por músicos como Wynton Marsalis, Christian McBride, Stephen Scott e Gregory Hutchinson.

1. Isfahan
2. Johnny Come Lately
3. Blood Count
4. Rain Check
5. Lotus Blossom
6. Flower Is a Lovesome Thing
7. Take the "A" Train
8. Drawing Room Blues
9. U.M.M.G. (Upper Manhattan Medical Group)
10. Lush Life

24 de outubro de 2004

Gostámos!

Gostámos do espectáculo Bitches Brew apresentado ontem no CCB.

Digamos que foi uma forma diferente de penetrar no universo musical de Miles Davis.

A coreografia pareceu-nos muito feliz e capaz de interagir com os padrões rítmicos dos diferentes temas.

Por outro lado, a autora do bailado conseguiu encontrar recursos criativos para apresentar um espectáculo com diferentes pontos de interesse. Um desses recursos foi a banda sonora, com a presença de excertos de entrevistas de Miles Davis ou de John McLaughlin, assim como de um tema cantado por Billie Holiday.

Também a projecção de imagens, a dado momento, permitiu perceber a leitura que a autora fez do disco «Bitches Brew», a nosso ver muito bem conseguida e a espelhar a realidade do impacto desta obra na música, tanto no jazz como no rock.

Ao apresentar também temas que não do disco de Miles Davis, a autora evidenciou a inspiração de Miles Davis para este disco e contextualizou-o na revolução musical dos anos 60.

Em nosso entendimento, Lisboa sai valorizada por poder apresentar este tipo de espectáculos mais conceptuais, mas sem dúvida próprios de sociedades que pretendem um novo olhar sobre o passado.

22 de outubro de 2004

Os castrados da FNAC

A pouco e pouco, a FNAC tem vindo a ser invadida por um conjunto de castrados. Esta casta, em notória ascensão, dificulta a vida a quem quer escolher um disco, azucrinando-nos a paciência até ao desespero.

Referimo-nos aos discos não cadastrados, isto é, não incluidos na base de dados que permite a audição nos pontos de escuta automáticos.

Pegamos neles cheios de esperança de os ouvir, sem que os cobardes se dignem sequer a dizer-nos que não têm pio. Ali vamos nós com eles, todos contentes e ingénuos, em direcção ao leitor de cd's embutido na parede, decididos a seleccionar um entre 3 ou 4, ou 5.

Estranhamente a parede não tem mais ninguém encostado a ela... O caminho está livre. Pegamos no primeiro CD, aproximamos o seu ventre (vulgo código de barras) da maquineta que o trespassa com uma rede encarnada de raios laser e... nada. O dito cujo não está cadastrado, ou seja, está inocente e não tem nada a dizer-nos pelo que não tuge nem muge.

Começamos a ficar ligeiramente aborrecidos mas, enfim, lá aproximamos o segundo CD da maquineta. Nada! O sacana é irmão do primeiro ou está feito com ele e também não abre a boca. Já irritados, aproximamos o terceiro CD do zingarelho, desconfiados que o gajo se está a preparar para nos passar a perna. NADA!

N-A-D-A-!

Irra, que é demais!

Dirigimo-nos já revoltados ao ponto de escuta manual, à procura de uma agente da autoridade que ponha o Castrado em ordem e a piar fininho para nós. Mas a autoridade está feita com os sacanas ea primeira coisa que nos diz é a última que queremos ouvir: "já experimentou o ponto de escuta automático?".

Já!!

"Ah, então é porque não está cadastrado".

Conclusão brilhante a dele mas que o ecran da maquineta já tinha disparado na nossa direcção minutos antes. Dispensável, portanto.

As mãos da autoridade sacam da faca e rompem o ventre do gajo, extraindo-o violentamente para a gaveta do leitor de CD's. Aquela lâmina afiada, manejada de forma decidida e violenta, acaba por deixar cicatrizes no corpo do dito cujo.

É aí que percebemos que mesmo que o gajo nos soe bem temos de voltar à secção para ver se ele tem um mano gémeo que não tenha sido trespassado pelo x-acto.

Gostámos do CD! Ok, dizemos ao agente que não o queremos, franzindo o rosto e esboçando um ar de enjoado para sermos mais convincentes, e deixamo-lo ali a jazer. O agente acredita porque nem gosta de jazz e portanto acha natural a repugnância que o nosso teatro mímico simula.

Vamos até à prateleira de onde o tirámos, mas era o único! Claro, a lei de Murphy.

Antes de cometer logo ali um crime que nos cadastre a nós, dirigimo-nos para a secção dos livros.

Ah!! Azar dos azares, o livro que escolhemos não tem preço marcado. Toca de ir ao balcão pedir à menina que nos diga quanto vale aquele monte de páginas que desafia a nossa paciência. Alguém à nossa frente tem uma lista de 25 livros que procura... e discute ponto por ponto com a dita menina. "Procure lá pelo título...". "Ah, não tem... então e se procurar pelo autor?". "Já experimentou pela editora?".

E assim se passa uma agradável tarde cultural...

Foi hoje. Podia ter sido ontem. É mais do que certo que será amanhã também.

"Watch your step, motherfucker"

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Era o que se podia ouvir quando se pisava acidentalmente Miles Davis com umas botifarras reforçadas.

A história é contada na primeira pessoa por Orlando Avendaño, um músico de jazz chileno que se cruzou com Miles Davis nos EUA.

Ver em http://www.purojazz.com/comentaristas/orlando/cuentos/milesdavisandi.html

Amanhã dança-se Miles Davis no CCB

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Conforme «Jazz no País do Improviso!» noticiou há dias, é já amanhã que se realiza, no Centro Cultural de Belém, o espectáculo "Bitches Brew / Tacoma Narrows".

Com coreografia de ANNE TERESA DE KEERSMAEKER, sobem ao palco do Grande Auditório do CCB 13 bailarinos da companhia Rosas para dançar ao som do disco «Bitches Brew», gravado por Miles Davis em 1969, há precisamente 35 anos, e em apenas três dias.

Abriu a casa do swing em NYC!

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Foi oficialmente inaugurada, em Nova Iorque, no passado dia 18 de Outubro, a "casa do jazz", cerimónia que se concretizou com Wynton Marsalis a liderar, ao longo da Broadway, uma marcha/parada ao estilo de Nova Orleães.

O complexo edificado a que Marsalis se refere como a "Casa do Swing", recebeu o nome de Frederick P Rose Hall e é um conjunto de três salas, sendo o primeiro a ser desenhado propositadamente para acolher o jazz!

Este complexo faz parte do Lincoln Center e inclui um auditório, um anfiteatro, um centro educacional, um clube de jazz e um "hall of fame".

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O Rose Theater é um auditório com 1200 lugares sentados.

O anfiteatro, designado, The Allen Room, pode acolher entre 300 e 500 pessoas e ameaça tornar-se um exlibris da Big Apple graças à sua parede de vidro de 50 pés de altura, com vista directa para o Columbus Circle, o Central Park e o skyline de Manhattan... Um luxo, ver e ouvir jazz aqui!!

O clube de jazz, designado, Dizzy's Club Coca-Cola, está a partir de agora aberto 7 dias por semana e é mais um clube no roteiro de clubes de jazz da cidade. Tem capacidade para acolher 140 pessoas sentadas e conta ainda como atrractivo com uma vista deslumbrante para o skyline de Manhattan e para o Central Park. Apostado em criar oportunidades para a apresentação de novos jazzmen, o clube vai colaborar com escolas de música como a The Juilliard School, Manhattan School of Music, New School e Queens College. Ver aqui a programação para os próximos dias.

O centro educacional, baptizado Irene Diamond Education Center, tem por missão lançar uma nova geração de jazmen, contando com estúdios para ensaio de bandas, nomeadamente o The Edward John Noble Foundation Studio e a Louis Armstrong Classroom.

Existe ainda neste complexo o Atrium, um espaço de 7000 metros quadrados com vista para Columbus Circle e o Central Park, concebido para receber cocktails, debates e aulas.

Para Derek Gordon, Director executivo do Lincoln Center, com "A abertura da nossa nova casa, o jazz tornou-se uma parte integral da paisagem musical da nossa cidade e um centro internacional de cultura".

Para Marsalis, Director Artístico do Jazz at Lincoln Center, "A abertura da nossa casa do swing lança uma nova era para o jazz". O trompetista acrescenta ainda que "Como artistas continuámos a evoluir, mas os nossos espaços de concerto não". "Por isso, contruímos uma casa que realmente se adequa à forma como o jazz funciona, à forma como o jazz se exprime e, sobretudo, à forma como o jazz soa".

A inauguração deste complexo prosseguiu com um concerto e um festival de jazz que decorre durante três semanas. Neste concerto actuaram a Lincoln Center Jazz Orchestra, a Afro-Latin Jazz Orchestra e convidados especiais, tais como Branford Marsalis, Tony Bennett, Abbey Lincoln, Ellis Marsalis, Jr., Delfeayo Marsalis, Jason Marsalis e Paquito D'Rivera.

O concerto esteve apenas acessível por convite, mas foi difundido via televisão e rádio, estando disponível em www.wbgo.org Que diferença para Portugal, onde os órgãos de comunicação socal, particularmente a televisão, há muito que abandonaram o jazz.

De referir que a abertura do Frederick P Rose Hall ocorre três anos depois da colocação da primeira pedra. Compare-se a dimensão deste centro com a casa da música do Porto e tirem-se as conclusões devidas...

Que me desculpem os leitores deste blog, mas estas comparações são inevitáveis e servem, mais do que crítica, para aprendermos a fazer bem feito. Servem também para ver como uma cidade se orgulha da sua música e lhe constrói um templo adequado. Em Portugal nem para o Fado, quanto mais para o jazz! Até a Amália está relegada para uma simples e modesta estátua à beira do Rio Tejo.

Aqui deixamos, pois, o repto à Câmara Municipal de Lisboa e ao Ministério da Cultura para que olhem para este exemplo americano e pensem seriamente num museu do jazz ou num museu da música e também na criação de um espaço de aprendizagem da música. Não é com o CCB que se produzem músicos; é com a aposta na educação.

Já agora, os mecenas privados podem também aproveitar esta experiência. É que o Lincol Center é uma organização sem fins lucrativos e tem o apoio do Bank of America. E isto só para a componente do jazz.

20 de outubro de 2004

Branford "Baladeiro" Marsalis

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Lá por fora, pelos EUA, já saiu o mais recente disco de Branford Marsalis.

«Eternal» é um disco exclusivamente de baladas em que surgem alguns clássicos e em que cada um dos membros do quarteto - Joey Calderazzo, Eric Revis e Jeff "Tain" Watts - surge com um tema original.

Este registo pretende transpôr para a vertente instrumental o que Billie Holiday conseguia fazer com a voz, como revela Branford Marsalis ao referir-se ao objectivo deste projecto: "aiming for what Billie Holiday could do, which was to get to the emotions of each song".

Beautiful Miles

Este tempo de Outono/Inverno e a nostalgia que o impregna trouxe-nos à mente um disco que com ele casa na perfeição.

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Miles Davis está aqui no seu melhor, com uma versão de «My Funny Valentine» imperdível e que nos toca bem até ao profundo da alma como poucos discos o fazem.

Começa sem tempo, com o trompete, e evolui depois para o normal 4/4, suportado pelo contrabaixo de Ron Carter, o piano de HErbie Hancock e a bateria de Tony Williams.

Do melhor que se fez!

19 de outubro de 2004

Três filmes sobre jazz que são fundamentais

Há pelo menos três filmes que se realizaram sobre o jazz e os seus protagonistas que são indispensáveis para qualquer amante do som da surpresa.

O primeiro e mais conhecido é o que Clint Eastwood realizou sobre Charlie Parker, em 1988. É ideal agora para o Outono e tem uma banda sonora e uma fotografia fantásticas.

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O segundo é «Round Midnight», realizado por Bertrand Tavernier e protagonizado por Dexter Gordon, a fazer de jazzman exilado em França e com problemas de álcool. Ou seja, ele próprio. A interpretação é fantástica e muito autêntica (pois pudera, ele tinha tanto álcool no sangue que estava sempre embriagado, mesmo sem beber!). Banda sonora novamente excelente (com Herbie Hancock, Billy Higgins, John McGlaughlin, Wayne Shorter, Tony Williams, Freddie Hubbard e Ron Carter). Para mim é o melhor dos três filmes.

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O terceiro é sobre Thelonious Monk: «Straight No Chaser». É um documentário e inclui gravações de Monk a tocar ao vivo, em 1968, e em estúdio. Fundamental!

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Billie Holiday, a suicidária

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Nos anos 40, Billie Holiday entrou em estúdio e gravou a sua versão do polémico tema «Gloomy Sunday», considerada uma canção cuja letra e melodia conduziam ao suicídio.

Sunday is Gloomy,
My hours are slumberless,
Dearest, the shadows I live with are numberless
Little white flowers will never awaken you

Not where the black coach of sorrow has taken you
Angels have no thought of ever returning you
Would they be angry if I thought of joining you
Gloomy Sunday

Sunday is gloomy
with shadows I spend it all
My heart and I have decided to end it all
Soon there'll be flowers and prayers that are sad,
I know, let them not weep,
Let them know that I'm glad to go

Death is no dream,
For in death I'm caressing you
With the last breath of my soul I'll be blessing you
Gloomy Sunday

Dreaming
I was only dreaming
I wake and I find you
Asleep in the deep of
My heart
Dear

Darling I hope that my dream never haunted you
My heart is telling you how much I wanted you
Gloomy Sunday


Realmente a letra não ajuda... Mas não é para tomar à letra!

Enfim, a verdade é que mesmo com algumas alterações à letra original, esta canção foi banida das playlists das principais estações de rádio a nível mundial. A B.B.C., por exemplo, considerou-a "demasiado depressiva para as ondas sonoras".

O irónico desta música é que o seu autor acabaria mesmo por se suicidar: Rezsô Seress, natural da Hungria (1899), atirou-se da janela do seu apartamento, corria o ano de 1968. Pela boca morre o peixe...

Os Anjos não gostaram!

2005, ano Charlie Parker

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Completam-se no próximo ano cinco décadas após a morte de Charlie Parker, saxofonista-alto falecido em Nova Iorque, a 12 de Março de 1955, com apenas 34 anos de idade, mas aparentando mais de 60 devido a vários problemas de saúde e aos abusos de estupefacientes.

A sua influência no jazz foi determinante a vários níveis, nomeadamente com a criação de uma nova corrente, o be-bop, importantes avanços na harmonização dos temas e standards e na própria improvisação.

Por Portugal vai passar um grupo constituído de propósito para a homenagem ao mestre. Um grupo que integra vários saxofonistas alto. A não perder!

Só é pena não poderem deslocar-se até nós dois Parkerianos, Lou Donaldson e Jackie McLean. O segundo, ao que parece, pela exorbitância do respectivo cachet.

Para quem quiser ter uma panorâmica global da obra de Parker, «Jazz no País do Improviso!» recomenda a seguinte edição, que contém todas as gravações de estúdio que o saxofonista efectuou para a editora Verve (Mercury/Norgran/Clef) desde 1948 até à sua morte. Convém é comprar em Espanha porque sempre custa menos 15 euros!

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Por falar nisso, acho que vou ouvi-lo agora!

E ainda sou capaz de ir ver e ouvir o filme que Clint Eastwood realizou sobre Parker, em 1988:

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Adivinhem quem veio para gravar...

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Vinte e seis anos depois, Alice Coltrane, viúva de John Coltrane, voltou aos estúdios de gravação e tem um novo disco para lançar.

«Translinear Light» conta com Ravi Coltrane (filho), Charlie Haden e Jack DeJohnette.

Mais informação em: http://www.jazztimes.com

18 de outubro de 2004

A propósito de um dia chuvoso e das folhas que caem...

«Jazz no País do Improviso!» adora o clássico tema «Autumn Leaves» e vem hoje a propósito relembrá-lo neste dia de Outono em que o vento empurra as folhas e a chuva, oblíqua ou não, se precipita das alturas por cima da nossa pequenez.

The falling leaves
Drift by my window.
The falling leaves of red and gold.

I see your lips,
the summer kisses,
the sunburned hands i used to hold.

Since you went away
the days grow long
And soon i'll hear old winter song
But i miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall

Since you went away
the days grow long
And soon i'll hear old winter song
But i miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall

I miss you most of all my darling
When autumn leaves start to fall



Há cinco (tínhamo-nos esquecido da mais importante!) versões de que gostamos particularmente de ouvir quando pensamos em «Autumn Leaves». Cinco versões que nos fazem correr para casa e chegar depressa ao leitor de CD's:

Sarah Vaughan - «Crazy and Mixed Up»

Sarah canta o tema em scat singing e de uma forma absolutamente genial, oscilando entre os graves e os super agudos. O swing é imbatível!

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Keith Jarrett - «At the Blue Note, The Complete Recordings»

Não se explica, ouve-se!

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Miles Davis - «Miles Davis in Europe»

Bem, é um caso sério! You know what I mean... Miles is Miles.

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Stan Getz - «Autumn Leaves»

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Julian Cannonball Adderley - «Somethin' Else»

Esta versão é "obrigatória", assim como o disco, quanto mais não seja para ouvir o tema "One For Daddy-o". Ouça-se, em «Autumn Leaves» o vamp tocado pelo contrabaixo, que hoje em dia é standard para os contrabaixistas do jazz.

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Já agora, este tema, «Autmun Leaves», foi escrito pelo poeta francês Jacques Prevert e a música é da autoria de um seu amigo que dava pelo nome de Joseph Kosma. A adaptação para inglês ocorreu pela pena de Johnny Mercer e viria a dar o nome a um filme com Joan Crawford e Cliff Robertson, com a banda sonora a cargo de Nat King Cole.

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Este mesmo tema foi escolhido por vários jazzmen para título dos seus discos. Eis alguns casos:

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16 de outubro de 2004

Woody Allen no Casino Estoril!

«Jazz no País do Improviso!» revela-lhe em primeiríssima mão esta boa notícia: Woody Allen vai ser a atracção do Casino Estoril para o reveillon de 2004/2005.

A notícia é confirmada pelo site de Woody Allen e da sua New Orleans Jazz Band (http://www.woodyallenband.com), que cita uma possível data em Lisboa para o corrente Inverno.

Esta banda, que actua todas as noites de segunda-feira no Hotel Carlyle, em NYC, é composta por Woody Allen (clarinete), Simon Wettenhall (trompete), Jerry Zigmont (trombone), Cythia Sayer (piano), Eddy Davis (banjo, director musical), Conal Fowlkes (contrabaixo) e Rob Garcia (bateria).

Enfim, com um espectáculo destes, não há como não entrar bem no novo ano!

O pior será, claro, o preço a pagar para ter direito a uma mesa e a uma cadeira com vista para o palco...

Quem não puder ir pode sempre ouvir os discos desta banda:

«The Bunk Project»

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«Wildman Blues»

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Brad Mehldau na 2

A não perder, amanhã, Domingo, 17 de Outubro, à 1 da matina, o concerto deste pianista.

Claro, é jazz... tem de passar fora de horas, não vão os telespectadores mais sensíveis reclamar.

15 de outubro de 2004

Um espaço interessante

Conforme anunciado, «Jazz no País do Improviso!» esteve ontem na inauguração da nova loja da editora Trem Azul e gostou.

O espaço é original, a localização é boa e o catálogo disponível é bastante diversificado. Para além disso, encontram-se aqui vários discos a preços convidativos, a partir dos 4 euros e até aos 9.

Finalmente, o atendimento promete ser de qualidade, já que as pessoas que estão de serviço percebem mesmo de jazz e gostam de jazz.

Esta é, portanto, uma opção à FNAC e outras lojas de massas, um loja onde se pode entrar e trocar impressões com os vendedores no sentido de aconselhamento especializado e profissional.

Desejamos a maior sorte a esta nova morada do jazz!

14 de outubro de 2004

Dançar Miles Davis no CCB

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«Jazz no País do Improviso!» vai marcar presença no espectáculo "Bitches Brew / Tacoma Narrows", a realizar no Centro Cultural de Belém, nos próximos dias 23 e 24 de Outubro.

Com coreografia de ANNE TERESA DE KEERSMAEKER, sobem ao palco do Grande Auditório do CCB 13 bailarinos da companhia Rosas para dançar ao som do disco «Bitches Brew», gravado por Miles Davis em 1969, há precisamente 35 anos, e em apenas três dias.

Este disco é considerado um dos mais revolucionários da história do jazz e também o berço da fusão do jazz com o rock, sendo notória a influência de músicos como Jimmy Hendrix, sobretudo em "Miles Runs the Voodoo Down". Miles explora aqui sobretudo os terrenos do funk, afastando-se definitivamente da linguagem do swing e do be-bop.

Contestado por uns e aclamado por outros, o baterista Bobby Previte resumiu assim, numa entrevista concedida em 1997, a sua visão deste album: "Well, it was groundbreaking, for one. How much groundbreaking music do you hear now? It was music that you had that feeling you never heard quite before. It came from another place. How much music do you hear now like that?"

Liderado por Miles Davis, a quem Duke Ellington se referiu como «o Picasso do jazz», «Bitches Brew» contou com um grupo de músicos que inclui, entre outros, Joe Zawinul, Wayne Shorter, Airto, John McLaughlin, Chick Corea, Jack DeJohnette, Dave Holland, Don Alias, Benny Maupin, Larry Young e Lenny White.

Já agora, importa referir que a fantástica e invulgar imagem da capa deste registo é da autoria de Abdul Mati Klarwein (1932-2002) e que «Bitches Brew» foi o primeiro disco de ouro de Miles Davis, tendo vendido mais de meio milhão de exemplares, disputando assim com «Kind of Blue» o título de disco mais vendido de "jazz".

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Aqui fica, também, uma curiosa declaração de Mati sobre a sua colaboração com Miles Davis: «In the beginning of the seventies I made yet another painting, Zonked, for an album where his then wife Betty Davis were singing on several tracks. But when Miles found out that she was fucking Jimi Hendrix he cancelled the release. The painting, however, came to use twenty years later on a an album by the rap-originators Last Poets».

Para os interessados neste espectáculo, cuja estreia ocorreu em Bruxelas, em 2003, aqui fica o respectivo preçário:

Plateia móvel: 17,50
Plateia: 17,50
Laterais: 12,50
Camarotes Centrais: 17,50
Camarotes Laterais: 15,00
1º Balcão: 12,50
2º Balcão: 7,50
Balcão Lateral: 10,00
Galerias: 5,00

Descontos habituais e ainda de 25% para quem adquirir 1 bilhete para cada um dos espectáculos ?Bitches Brew/Tacoma Narrows" e "Once"; desconto não acumulativo com outros descontos.

Para um artigo mais detalhado sobre «Bitches Brew» consulte a Wikipedia.

A cada um o seu disco...

«Jazz no País do Improviso!» já nem tem paciência para malhar no actual Governo, tamanhos são os disparates e os atentados à nossa inteligência.

Mas, enfim, não se podem quebrar as boas tradições e é aproveitar enquanto a blogoesfera ainda é livre.

Por isso mesmo decidimos escolher um album para aqueles governantes que nos são mais queridos...

Pedro Santana Lopes e os seus discursos na televisão

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Ministra da Educação e as cambalhotas na colocação dos "mortos", perdão, professores

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Ministro da Saúde e a sua empresarialização da saúde

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Ministro do Ambiente e as casas na Arrábida, incluindo a sua

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Ministro das Obras Públicas, as portagens na Via do Infante e as pseudo-alternativas

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Já agora, um album também para o homem do discurso da tanga mais a música que nos deu!

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Loja da editora Trem Azul: all aboard today at 5 pm

Abre hoje ao público a loja da editora Trem Azul, com inauguração marcada para as 17h00 e a presença dos músicos Dennis Gonzalez, Carlos Barretto e Zé Eduardo.

Esta loja é exclusivamente dedicada ao jazz e à música improvisada e situa-se na Rua do Alecrim, n.º 21 A (aquela rua que desce do Largo Camões para o Cais do Sodré), funcionando de segunda a sábado, entre as 10h e as 19h.

«Jazz no País do Improviso!» vai tentar passar por lá hoje.

Pode quem pode!

A editora MOSAIC está a vender em saldos, diz ela..., algumas das melhores fotografias de Francis Wolff.

Este fotógrafo foi o responsável por muitas das imagens que integraram as capas dos discos da Blue Note editados entre 1944 e 1969.

O problema é que mesmo com descontos entre os 25% e os 50% os preços continuam proibitivos, ainda que as fotos venham acompanhadas pelo autógrafo do respectivo autor e sejam edições limitadas.

Senão, vejamos:


Miles Davis (16 X 20): $300

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Horace Silver (16 X 20): $300

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Art Blakey (11 X 14 - limited edition of 50 by master printer Chuck
Kelton): $250


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Bom, a verdade é que também estão disponíveis umas imagens mais em conta, a 75 USD, como por exemplo as seguintes (formato 8x11):

Dexter Gordon

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Sonny Rollins

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Não há dúvida de que estas imagens são autênticas obras de arte. O pior é o preço.


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